UX Design: como criar experiências que convertem

O termo “experiência do usuário” é uma das concepções em comunicação mais importantes das últimas décadas. Ele nos deu acesso ao mundo dos consumidores modernos: ávidos por soluções, mas exaustos de comunicações generalistas e impessoais.

O termo UX (User Experience) surgiu com Don Norman, Diretor Fundador do Laboratório de Design da Universidade da Califórnia e Cofundador do Nielsen Norman Group. Seu best-seller "The design of everyday things" tem princípios que norteiam designers há quase quatro décadas.

Neste artigo, exploraremos como essa abordagem inteligente e centrada na usabilidade é indispensável para uma jornada do usuário que transforma leads em consumidores fiéis.

Você verá por aqui:

  • O que é UX Design e por que ele importa
  • UX vs UI: qual a diferença?
  • Elementos essenciais de um bom UX Design
  • A importância da pesquisa com o usuário (UX Research)
  • Jornada do usuário: mapeando do início ao fim
  • Acessibilidade no UX Design: inclusão começa na interface
  • UX Writing: a experiência também está nas palavras
  • UX Design e conversão: como a experiência gera resultados
  • Boas práticas de UX para sites e e-commerces
  • Erros comuns em UX Design e como evitá-los

Boa leitura!

O que é UX Design e por que ele importa

O UX Design é um processo de criação de produtos digitais interativos, voltados para que o usuário tenha a melhor experiência. Ele engloba toda a interação do cliente com a marca.

Sua aplicação tem impactos profundos na comunicação de uma marca, gerando retornos mensuráveis, como:

  • Satisfação: resolvendo dores reais e superando a camada superficial do design de interface;
  • Retenção: criando experiências fluidas reduzem o abandono e aumentam a fidelidade;
  • Resultados: fazendo com que cada real investido tenha retorno muito superior, trazendo mais lucro em produtos e serviços.

É importante destacar que o sucesso de um bom UX Design passa por estratégias complementares, como o User Interface (UI). Vamos entender melhor a distinção entre a experiência e a interface?

UX vs UI: qual a diferença?

A usabilidade em design depende da capacidade de interatividade que oferecemos ao usuário. Isso quer dizer que ela se materializa através da Interface do Usuário, termo oriundo do inglês "User Interface" (UI).

A UI é uma ponte onde a interação acontece com a marca. Nos produtos digitais, essa experiência visual e tática se manifesta por meio de botões clicáveis, menus de navegação, ícones representativos, cores harmoniosas e um layout organizado.

Esse conceito transcende as telas e aplica-se igualmente ao mundo físico. Podemos ver o UI atuando funcionalmente no painel de um carro, na disposição de um controle remoto ou no teclado de um caixa eletrônico

Um ponto importante é entender que, embora um dependa do outro, UI e UX são disciplinas distintas. Em termos simples, podemos definir que enquanto o UX foca na funcionalidade e experiência geral, o UI visa a interação visual (como o objeto é tocado, visto e sentido).

Elementos essenciais de um bom UX Design

Construir experiências digitais que convertem exige domínio sobre pilares estruturais que sustentam a satisfação do cliente. Chamamos isso de heurísticas de usabilidade, um conjunto de direcionamentos.

Confira algumas indispensáveis em um projeto UX Design:

  • Usabilidade: garante que o usuário complete tarefas sem atrito, facilitando o aprendizado, a eficiência e a memorização do sistema;
  • Acessibilidade: remove barreiras digitais, democratizando o acesso a pessoas com diferentes habilidades visuais, motoras ou cognitivas;
  • Arquitetura: organiza o conteúdo de forma lógica, criando hierarquias claras que orientam intuitivamente a navegação e a busca;
  • Design emocional: transcende a funcionalidade básica, evocando sentimentos positivos que fortalecem a lealdade e criam uma memória afetiva duradoura.
  • Conteúdo relevante: entrega informações úteis que guiam a ação e resolvem dúvidas reais.

Esses pilares são consensos entre os designers. Eles nos guiam durante a criação de produtos de excelência e alto impacto no mercado.

Leia mais artigos dos especialistas da MAVERICK 360 sobre design.

Como esses elementos formam um ecossistema interdependente, para aplicá-los com segurança precisamos fugir de “achismos”: precisamos recorrer a dados concretos. Eles validam decisões com segurança, diminuindo a margem de erro.

A importância da pesquisa com o usuário (UX Research)

A pesquisa com o usuário é uma linha mestra do design. Ela transforma suposições arriscadas em decisões fundamentadas. Há várias formas de fazer isso, mas três se destacam:

  1. Entrevistas em profundidade: importantes para revelar motivações ocultas e modelos mentais que guiam comportamentos complexos;
  1. Testes de usabilidade: servem para expor fricções invisíveis na interface, mostrando o ponto em que a experiência falha na entrega de valor;
  1. Mapeamento da jornada: permite visualizar todo o caminho percorrido e fazer ajustes em cada etapa, direcionando-as às expectativas e emoções do público.

O uso de dados disciplina o UX Designer, criando um padrão elevado de qualidade e, consequentemente, alto desempenho. Produtos alinhados às necessidades reais possuem muito mais potencial de sucesso.

Jornada do usuário: mapeando do início ao fim

Um ponto que vimos acima precisa de atenção: mapas de jornada. Eles são importantes, pois nos dão uma definição clara das personas e das etapas percorridas para atingir diferentes objetivos.

Mapear a jornada do usuário significa registrar visualmente suas ações, pensamentos e, especialmente, as oscilações de emoções vivenciadas em cada ponto de contato da interação.

Ferramentas teóricas como a psicologia do consumo ou das cores nos ajudam a compreender vários comportamentos, com os sinais de frustrações ocultas e pontos de dor.

Com essas informações, criamos com mais sensibilidade. Assim, garantimos que a solução final seja inclusiva e eficiente para todos.

Um exemplo interessante é quando integramos essas estratégias UX nos serviços de marketing digital. Como resposta, temos muito mais engajamento.

Acessibilidade no UX Design: inclusão começa na interface

Uma das recompensas em trabalhar com UX Design é poder fazer parte de um movimento que busca a cada dia aumentar a acessibilidade digital. A inclusão deixou de ser um recurso opcional, tornando-se um requisito ético em projetos modernos.

Por isso, devemos projetar interfaces pensando ativamente em todos os perfis, incluindo pessoas com deficiências visuais, motoras ou cognitivas.

Desenvolver design com inclusão garante acesso ao consumo — um direito garantido pela Constituição Federal e regulado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), assim como a ampliação do alcance de mercado, a audiência diversificada e o fortalecimento da reputação corporativa.

UX Writing: a experiência também está nas palavras

No artigo “Como o UX Writing melhora a experiência do usuário e a conversão”, a jornalista Jéssica Ramiro define a redação UX como fio condutor da performance. De fato, microcopies estratégicos guiam decisões, sendo a diferença entre a desistência em um cadastro e a compra finalizada com total segurança e confiança pelo cliente.

No UX Design na MAVERICK 360, temos como premissa que são os especialistas da área que devem validar cada instrução, garantindo que a técnica apurada amplie a clareza e a fluidez da experiência.

Ao criar projetos de UX para sites, por exemplo, aplicamos as técnicas em cada endereço web, botões, mensagens e instruções. Assim, priorizamos elementos textuais que dialogam com a persona:

  • Predominância de voz ativa;
  • Contextualização imediata da ação;
  • Consistência no tom de voz;
  • Antecipação proativa de dúvidas.

O objetivo é claro: transformar visitantes em clientes, gerando resultados sólidos de conversão através de palavras precisas.

UX Design e conversão: como a experiência gera resultados

Quando direcionamos UX Design para conversão, estamos buscando a transformação de interfaces digitais em poderosos motores de resultados financeiros. Isso exige alinhar psicologia cognitiva (processos mentais que induzem à atenção, percepção e  memória), transformando visitantes casuais em clientes recorrentes.

Observamos nessa metodologia pelo menos três KPI palpáveis:

  • Aumento de conversão: um design de interface superior pode elevar as taxas de vendas em até impressionantes 400%, segundo relatório da Forrester Research.
  • Redução de bounce rate: essa métrica, que aponta a taxa de rejeição, é reduzida, evitando que o usuário abandone a página rapidamente sem interagir.
  • Fidelização: a satisfação gera retenção, pois clientes felizes retornam e defendem a marca espontaneamente no mercado.

Focar na resolução de problemas reais do usuário é um caminho certo para a lucratividade em vendas online.

Boas práticas de UX para sites e e-commerces

Algumas práticas são mandatórias para qualquer website profissional que busca relevância e alta performance. Nesse caso, as estratégias de UX para e-commerce reduzem as temidas fricções (especialmente em lançamentos) e aceleram a decisão de compra.

Na MAVERICK 360, trabalhamos com uma lista de implementações para garantir um ambiente digital competitivo e funcional:

  1. Menus intuitivos: prezamos por uma navegação simples e previsível, facilitando o encontro da informação desejada;
  1. CTAs bem posicionados: inserimos botões de ação visíveis e em zonas de alcance natural;
  1. Carregamento rápido: focamos em velocidade para aumentar as taxas de conversão;
  1. Responsividade: elaboramos um design adaptável a qualquer tamanho de tela, priorizando o mobile, cientes de que cerca de 62% dos usuários de internet no Brasil acessam a rede apenas por meio do celular;
  1. Testes A/B: experimentamos versões diferentes de elementos para validar estatisticamente o que gera mais resultados;
  1. Feedback imediato: desenvolvemos sistemas que confirmam visualmente cada ação do usuário, como adicionar itens ao carrinho.
  1. Checkout simplificado: buscamos uma finalização de compras rápida, sem a obrigatoriedade de cadastros longos e complexos.

Aplicar essas técnicas eleva o padrão de qualidade. Contudo, elas precisam ser conduzidas com atenção para evitar problemas que costumam deixar o carrinho cheio sem o mais importante, a compra.

Erros comuns em UX Design e como evitá-los

Falhas operacionais frustram usuários e destroem conversões. Você provavelmente já viu muitas delas:

  • Excesso de cliques: jornadas longas geram desistência. Por isso, o caminho é simplificar a navegação utilizando o princípio dos três cliques como guia prático.
  • Falta de feedback: a incerteza causa ansiedade. O segredo é simples: mensagens de sucesso e indicadores visuais para confirmar cada ação realizada.
  • Formulários confusos: campos excessivos desanimam os leads. É preciso pedir apenas o essencial mostrando mensagens de erro amigáveis e claras.

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Dúvidas comuns sobre UX Design

1. O que é UX Design na prática?

UX Design é o processo contínuo de investigar necessidades, projetar soluções intuitivas e testar sua eficácia. Ele envolve pesquisa, prototipagem e análise constante para garantir que o produto funcione bem e satisfaça o usuário.

2. Qual a diferença entre UX e UI?

UX foca na funcionalidade, estrutura e jornada para resolver problemas. UI cuida da aparência, interatividade e estética visual.

3. Por que investir em UX Design?

O investimento oferece ROI altíssimo, aumentando conversões, reduzindo custos de suporte e retrabalho.

4. Como saber se meu site tem uma boa experiência de usuário?

Analise métricas como taxa de rejeição e conversão no Analytics. Realize testes de usabilidade com pessoas reais, utilize mapas de calor para verificar interações e monitore os Core Web Vitals no Google Search Console.

5. UX Design serve apenas para sites e aplicativos?

Não. Aplica-se a qualquer ponto de contato entre cliente e empresa, incluindo produtos físicos, caixas eletrônicos, painéis de carros, dispositivos IoT e até serviços presenciais, como a experiência em filas de bancos.

6. Quais ferramentas são usadas em projetos de UX?

As ferramentas variam conforme a etapa: Figma e Adobe XD para design e prototipagem; Hotjar e Maze para pesquisas e testes; Miro para mapeamento e gestão; e Google Analytics 4 para análise de dados.

7. Quanto tempo leva para aplicar UX em um projeto?

É um processo contínuo, não uma etapa única. Um ciclo inicial de pesquisa e design pode levar de 4 a 12 semanas, mas testes e otimizações devem ocorrer constantemente, mesmo após o lançamento.

8. Como começar a aplicar UX no meu projeto atual?

Comece definindo sua persona e mapeando a jornada. Realize uma auditoria heurística para encontrar erros óbvios, instale mapas de calor e priorize correções em tarefas críticas baseadas em dados reais de uso.

AUTOR DO TEXTO:
Vinicius Borges
Designer
Vinicius Borges é motion designer e editor de vídeo com mais de 7 anos de experiência, atendendo marcas como Grupo Dasa, MAG Seguros e Grupo Ânima.

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